Manoel Vargas: Paixão Côrtes e a sua importância para a cultura gaúcha

Quem andava pilchado antigamente (nem tão antigamente até a década de 40) era motivo de deboche até mesmo pelos próprios gaúchos. João Carlos d´Ávila Paixão Cortes que havia nascido em Santana do Livramento que se mudou para Porto Alegre e foi estudar no colégio Júlio de Castilhos e teve a ideia de resgatar a cultura e a história do seu povo.
Quando foram trazidos para Porto Alegre os restos mortais de David Canabarro, herói farroupilha, Paixão Cortes com mais sete amigos fizeram uma escolta com todos montados a cavalo e pilchados, acompanharam a urna fúnebre do Canabarro.
Em setembro de 1947 eles organizaram a Ronda Criola, um piquete de cinco cavalarianos que recolheu a chama criola e levaram até o Candeeiro Criolo que ficou acesa até o 20 de setembro, tradição que todo ano acontece.

O movimento contou com a participação do poeta Glauco Saraiva que juntos com outros intelectuais foram resgatando e criando contos e poesias gaúchas.
Em 1948 foi criado o CTG (Centro de Tradições Gaúchas) 35 com Glauco Saraiva sendo escolhido como o primeiro patrão. Os Centro de Tradições Gaúchas espalharam-se pelo mundo todo, hoje existe mais de 1500 entidades tradicionalistas no Rio Grande do Sul, além de entidades em todo Brasil, na Europa e no Japão. Muitos consideram como o maior movimento associativo-cultural do mundo.

Paixão Cotes foi a inspiração para a estátua do laçador (que fica em Porto Alegre bem na frente do aeroporto Salgado Filho) e merece ser lembrado eternamente por ser ele quem resgatou a história e o imaginário popular do Rio Grande do Sul. Teixeirinha e Gildo de Freitas foram uns dos grandes cantores da música nativista, junto com Érico Veríssimo que escreveu vários romances que mostravam a forma como que o gaúcho vivia (O Tempo e o Vento é a sua obra mais famosa).
O CTG serviu de exemplo para várias culturas brasileiras, sendo que hoje existe o Centro de Tradições Nordestinas e o Centro de Tradições Mineiras reforçando as identidades locais deste nosso imenso Brasil.
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