Joe Biden está pronto para intensificar o conflito global

O Pentágono, o Departamento de Estado e uma série de agências de inteligência têm sabotado o presidente Trump para travar guerras sem fim. Eles agora estão se gabando disso.
O enviado dos EUA para a Síria, Jim Jeffrey, um “Never Trumper” [anti-Trump], reconheceu publicamente que o envio de tropas dos EUA para países estrangeiros foi muito maior do que eles declararam. E os mesmos falcões de guerra agora assumiram as alavancas do poder.
Jeffrey disse ao DefenceOne que sua equipe costumava enganar o presidente e os líderes seniores sobre os níveis de tropas na Síria. “Estávamos sempre brincando para não deixar claro para nossa liderança quantas tropas tínhamos lá”, disse ele em uma entrevista. O número real de tropas no nordeste da Síria é “muito mais do que” as duzentas tropas que Trump concordou em deixar lá em 2019.
In #TheMadmanTheory, senior DOD officials told me how they fooled Trump into leaving troops on the ground:
“If you look at his tweets, they were definitive about leaving. And then we didn’t leave. And now we haven’t left, we’re still there, and that’s a good thing.” https://t.co/vo3HBxb7tg
— Jim Sciutto (@jimsciutto) November 13, 2020
Os neoconservadores têm se regozijado abertamente com a possível morte de Trump, e o grupo de notórios fomentadores da guerra que enganou os americanos em guerras sem fim montou acampamento no Partido Democrata.
Notáveis neoconservadores da linha dura, como Eliot Cohen, John Negroponte e David Kramer, desempenharam um papel importante na disseminação da noção totalmente desacreditada da interferência russa, mesmo antes da posse de Trump.
O infame neoconservador Robert Kagan, marido da instigadora do golpe de Maidan [Ucrânia, 2014], Victoria Nuland, foi uma das cofundadoras do Projeto para o Novo Século Americano (PNAC). O PNAC tem sido fundamental para semear conflitos no Oriente Médio e na fronteira com a Rússia. Kagan, um ex-republicano que se finge de “conservador”, apoiou fortemente Hillary Clinton na eleição anterior. “Eu diria que todos os profissionais de política externa republicanos são anti-Trump”, Kagan disse ao The Intercept em 2016. Seus “profissionais de política externa” eram todos pró-guerra.
O chamado Lincoln Project, um grupo de republicanos ligados à indústria militar (incluindo o ex-presidente do RNC Michael Steele) e liderado pelo neoconservador Rick Wilson, foi então dedicado a derrotar Trump nesta eleição.
Basically nobody in liberal circles is taking seriously the consequences of the fact that the exiled cadre of the Republican Party are building a massive power base in the Democratic Party https://t.co/RoL7ElRjyG
— David Sessions (@davidsess) August 24, 2020
A nova equipe de Biden poderia mais uma vez permitir uma nova expansão da OTAN em partes da Ásia, América Latina, África e Pacífico. E Biden enfatizou recentemente, oficialmente, que a Rússia era a “maior ameaça” para os EUA.
O Financial Times destacou como Biden e seus apoiadores neoconservadores viam a Federação Russa. “Esperamos um endurecimento maciço da postura em relação à Rússia”, disse um diplomata ocidental de alto escalão em Washington ao FT. “Há um ódio pela Rússia entre [a equipe de Biden] que é realmente incrível. Não é apenas racional; também é muito emocional”.
“We expect a massive toughening of the stance towards Russia,” a high-ranking western diplomat in Washington told the FT. “There is a hatred for Russia amongst [Biden’s team] that is really amazing. It’s not just rational; it’s also very emotional.”https://t.co/yNgmnFqHeF
— John Tasioulas (@JTasioulas) November 9, 2020
A China também está na mira. O editor conservador estadunidense Kelley Beaucar Vlahos observou:
“Intervencionistas democratas e carreiristas de Blob agora [sentam] à direita de [Biden] … como [Antony] Blinken, Nicholas Burns, Susan Rice, Samantha Power e Michele Flournoy, que foi apontado como um possível Secretário de Defesa. Eles prefeririam arrastar o país de volta para a Síria, bem como posicionar agressivamente contra a China se os militares pressionassem o suficiente, e houvesse uma razão humanitária para justificar isso”.
Joe Biden se tornou o membro graduado do Comitê de Relações Exteriores do Senado em 1997 e foi o presidente em 2001-2003 e novamente em 2007-2009. Em suma, ele foi um grande líder de torcida para a invasão do Iraque pelos Estados Unidos.
Suas realizações como vice-presidente incluem uma guerra de drones com “listas de morte”; o fracassado aumento no Afeganistão; a “libertação” da Líbia; a guerra sangrenta na Síria graças aos “rebeldes moderados”; e a destruição do Iêmen.
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O radialista estadunidense Jimmy Dore chamou a atenção para o legado de Biden:
“Joe Biden votou a favor da Guerra do Iraque. Ele não apenas votou a favor, como também foi um dos defensores mais vocais e ativos da Guerra do Iraque… Com Joe Biden, fizemos a Líbia, o Iêmen e a Síria… ele pegou as duas guerras de Bush e as transformou em sete guerras“.
Os estoques de empreiteiros militares despencaram quando parecia que Trump ganhou a eleição. As ações da Raytheon, Lockheed Martin, General Dynamics e Carlyle Group quebraram, mas dispararam quando a mídia anunciou que Biden seria o único a assumir o cargo.
It’s probably fine that all the big arms contractor stocks plummeted when it looked like Trump won but then skyrocketed once it became clear Biden would be the one to take office. pic.twitter.com/CKEZNS53Gx
— Hillary Fan (@HillaryFan420) November 7, 2020
Fonte: Free West Media
Publicação: 14/11/2020
Local: Washingtn D.C.
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